A questão levantada é profunda e muito pertinente diante do avanço tecnológico que vivenciamos. Ainda que a automação, a inteligência artificial e a produção robotizada estejam transformando a indústria automotiva, o papel do artesão e do toque humano pode evoluir para algo mais exclusivo e emocional. Por exemplo, a personalização manual de veículos, seja na pintura, no acabamento ou no interior, pode se tornar uma experiência de luxo que valoriza a singularidade e a conexão emocional com o carro. Assim, ao contrário da padronização absoluta, essa abordagem ressoa com a busca por experiências autênticas e exclusivas, reforçando o valor simbólico da posse. Além disso, o artesanato pode ampliar sua presença através de tecnologias avançadas, como a realidade aumentada, que permite o design sob medida com um toque humano, contribuindo para uma experiência única e personalizada. Ainda assim, é importante refletir se essa valorização do artesanal não se tornará uma nicho de mercado, acessível apenas a uma elite, enquanto a massa continuará a optar por veículos produzidos com eficiência tecnológica. Para aprofundar esse tema, recomendo explorar a revolução da indústria 5.0, cujo conceito destaca a melhoria da colaboração humano-máquina e a valorização do fator humano na produção. Dessa forma, o futuro poderá ser um equilíbrio entre a automação e o toque artesanal, cada um contribuindo de forma única para o significado do veículo e da experiência de posse.